Quatro grandes assaltos ainda sem solução

terça-feira, 20 de julho de 2010

Foram três grandes ações responsáveis por um enorme prejuízo em 2008 e outra tão ousada quanto, em 2009 e elas deram à população a  certeza de  que Piratini passava a fazer parte da rota hoje preferida por integrantes de quadrilhas bem armadas e organizadas que pelo déficit de segurança existente, escolhem os pequenos municípios para realizar assaltos que até então eram um grave problema  apenas para as  grandes metrópoles.Todas as ações foram ao que tudo indica, feitas por profissionais pela estrema eficiência com que foram realizados não permitindo pelo que foi apurado por nossa reportagem junto às autoridades, até hoje nem mesmo a identificação dos suspeitos que rápidos, causaram um dano financeiro significativo à maioria das vítimas e também deixaram profundas marcas psicológicas em uma delas ao assaltarem um posto de gasolina.A 1ª Folha, na intenção de fazer uma retrospectiva dos quatro assaltos que levaram medo à população procurou alguns dos lesados e ao conversar com dois deles, conseguiu ouvir apenas que foram orientados por seus superiores a não fornecer nenhuma informação. Eram aproximadamente 18:15 minutos da tarde do dia 6 de fevereiro de 2008, quando o proprietário da única Agencia Lotérica de Piratini ao se preparar para fechar as portas foi surpreendido por dois homens que armados com revólveres, o  renderam  e o obrigaram a  entregar cerca de R$ 20.000(vinte mil reais) e  logo após, utilizando uma fita adesiva amarraram suas mãos ,fugindo em seguida em uma moto CB 400 de cor preta.Ao conversar com nossa reportagem,  mais de dois anos depois do ocorrido, o proprietário da casa lotérica que foi amarrado na noite do crime se recusou novamente  a dar detalhes do assalto argumentando ser  uma orientação da Caixa Econômica Federal. Seis meses depois, não se sabe a data certa já que no boletim de ocorrência registrado pelo gerente da instituição ele relata que o ataque foi entre as 18 hrs do dia 15 de agosto,um domingo e as 07:45 do dia seguinte, o alvo foi a agencia da Cooperativa Sicred da cidade em que segundo o registro, uma janela aos fundos da unidade foi arrombada e uma vez no interior do prédio os ladrões tiveram acesso a sala do cofre quando  quebraram a central de alarme e ao arrombar, retiraram todo o dinheiro que estava nas gavetas, um revólver e colete a prova de balas, deixando apenas como pista uma escada,um alicate e um par de luvas.O valor roubado não foi informado.A audácia foi a marca do assalto à Abastecedora GKS, ocorrido na madrugada de do dia 07 de dezembro de 2008.O posto de gasolina fica há pouco mais de 40 metros do prédio que abriga o quartel da Brigada Militar, mas isso não intimidou os quatro homens encapuzados que ao que tudo indica, estavam observando o movimento e invadiram a abastecedora assim que o frentista Romário Ulguim,hoje com 39 anos, ficou sozinho e foi rendido, permanecendo amarrado no escritório  por cinco minutos com uma pistola na cabeça enquanto o resto do bando carregava o cofre carregado de dinheiro.”Não sei se foi coincidência ou se eles obtinham informações que os levaram a escolherem exatamente aquele fim de semana em que nós estávamos viajando e todo dinheiro havia ficado no cofre,o que nunca acontece pois sempre deixamos no banco.”,conta a proprietária do posto de gasolina Karina Farias.Além de levarem uma grande soma em notas e cheques de clientes, os assaltantes deixaram para trás um frentista com profundas marcas psicológicas e que nunca mais aceitou trabalhar à noite. A quantia estimada em R$ 35.000(trinta e cinco mil reais) foi o valor roubado na última ação de assaltantes realizada em  29 de junho de 2009,quando dois motoqueiros ,pouco depois da abertura de  uma joalheria localizada no centro da cidade, invadiram a loja rendendo e levando para o banheiro, dois clientes, uma funcionária e o proprietário Rui Vidazinha. ”O que eles levaram representa um lucro liquido de 8 anos de trabalho, pouco restou.”,relata Rui opinando que o fato de todos terem mantido a calma foi fator decisivo para que tudo acabasse apenas em prejuízos materiais.”Fui dominado com uma gravata e tudo não durou mais do que 5 minutos mas parecia uma eternidade.”,conta o proprietário que teve entre os artigos roubados,todas as jóias pessoais e de família.Ele acredita que a demora causada pelos procedimentos utilizados pela Brigada Militar após ser chamada, contribuiu para a fuga exitosa dos bandidos que segundo informações, fugiram pela RS 702, onde foi encontrado pela brigada a moto usada no assalto. Ele também se mostrou descontente com a investigação realizada pelo Polícia Civil que durante os doze meses de apuração não o informou sobre nenhum progresso no inquérito.

Nael Rosa - Jornal A 1ª Folha
 
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