Flávio e Rafael: amor, amizade e cumplicidade

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Uma história rica em episódios onde sentimentos como a dor e o amor se misturam, confundem-se  e servem como sustentação para o prazer de voltar à vida. Os cabelos totalmente grisalhos do funcionário público Flávio Haussen Garcia, talvez tenham se apressado para chegar  motivados pelo processo inverso da vida mas que acredita o paizão em todos os sentidos,são sintomas apenas da ausência material afinal, o amor verdadeiro, constante e intenso,entre pai e filho, são elementos que fazem a conexão com o até então filho único Henrisson,  que partiu em 1997, ser tão  presente e eterna quanto há hoje e, para sempre existente, com o filho  Rafael. As pronúncias iniciais foram interrompidas por lágrimas de emoção e saudade, comoção compartilhada pelo imediato motivo de retorno do sorriso à face, afinal, Rafael que em 9 de agosto fará 10 anos, é capaz por sua “simples” presença, impedir que a dor permaneça por muito tempo no ambiente. Adotado por Flávio e Sílvia em 2000, presente acreditam eles  enviado pelo plano espiritual para que se tornasse  o melhor amigo do pai, o filho arranca constantes elogios:”ele representa felicidade,alegria e a vontade de dar continuidade à vida”. Garante  o funcionário público com o a cumplicidade da esposa Sílvia. Ao lembrar que por volta de 3 da madrugada costuma ir até o quarto de Rafael para verificar se está tudo bem, o pai novamente interrompe o relato para enxugar as lágrimas.A rotina que integra o ir e vir à escola, os questionamentos juntos aos mestres para saber sobre o rendimento nos estudos e a bola que batem na canchinha do bairro e certamente este último registro lhe traz outras lembranças, se encarregam de trazer a atmosfera de energia positiva e felicidade de volta ao lar”. Temos uma grande afinidade,somos amigos e eu e Sílvia sabemos que estamos formando um grande ser humano, dotado de caráter”, externa o pai coruja.”Nossa crença e estudos da espiritualidade  de certa forma nos preparam para o revés da vida que sofremos mas também muito antes do Rafa vir para nós com apenas  dois meses,já sabíamos que ele seria nosso filho, de verdade, pois estava escrito”, completa a professora. A presença de amor que deveria, mas nem sempre norteia as famílias, captamos ser intensa entre os três, mas com a presença constante de mais alguém, certamente,um anjo pois como insistiu o pai, quando há  amor verdadeiro não existe desligamento ou afastamento,sendo isto apenas  material”. Hoje estamos diante de  uma falta de conexão e comunicação entre pais e filhos que provoca um distanciamento natural onde não se observa mais afinidade, e entre nós isto é constante pois somos  cúmplices um do outro”, declara. A esposa e mãe, enalteceu por diversas vezes a linda relação entre os dois homens da sua vida e por considerar o marido um pai extremamente presente, percebemos  que a beleza da data este ano comemorada um dia antes do aniversário de Rafael, teve um acréscimo de emoção.
 
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