Há poucos quilômetros de ter sua primeira etapa concluída, as obras de asfaltamento da RS 702, rodovia que liga Piratini a BR 293, passa a ser motivo de desconfiança no tocante a espessura do asfalto que a via está recebendo através da Construtora Pelotense e SBS Engenharia,empresas que formam o consórcio vencedor da licitação.
Na última reunião do legislativo, dois vereadores, Alberto Renan Cunha, PDT e Cláudio Dias, PMDB, levantaram suspeitas sobre a qualidade da obra.
Ao manifestar-se , Dias disse ter informações seguras de que o previsto em licitação pode não ser cumprido ou seja, a espessura da nova base,com 8 centímetros de asfalto, pode ficar em apenas 2.5 centímetros, o que segundo ele, além de ser insuficiente,demonstraria a má utilização do dinheiro público.”Eles trataram e prometeram uma coisa e podem acabar fazendo outra totalmente diferente”,alertou o legislador,que opinou ser agora o momento ideal para fiscalizar e garantir a aplicação do que está previsto no contrato entre o governo do estado e o consórrcio vencedor.
Já o presidente da Câmara de Vereadores, Renan Cunha, mostrou-se preocupado com o péssimo estado da base asfáltica da Ponte do Costa, onde freqüentemente, mesmo com os reparos feitos na estrutura pela empresa contratada, aparecem enormes buracos, situação já mostrada aqui no jornal a 1 folha, sendo um perigoso fator para a ocorrência de acidentes.
Conforme verbalizou o vereador, o aparecimento constante dos buracos e outros abalos na estrutura da travessia, tem como fator principal o tráfego de caminhões responsáveis por escoar a produção de madeira do município, que trafegam com cargas acima do permitido, mesmo com a sinalização visível informando a capacidade de apenas 24 toneladas, passam por sobre ela com veículos pesando com quase o dobro do peso permitido. ”Fui informado que eles esperam a calada da noite para passar com até 14 caminhões bi trens, com carga muito acima do tolerado”,denunciou o vereador.”Tenho consciência de que as empresas madeireiras geram muitos e importantes empregos e renda para Piratini,mas poderiam usar também a 265”,completou Cunha, referindo-se a estrada não asfaltada,Piratini/Canguçu, também RS, uma outra alternativa para escoar a produção.
O temor dos vereadores é que após tantos anos de luta para conseguir o asfaltamento, nem a ponte e nem a rodovia suportem o pesado e irregular fluxo e o asfalta volte ficar sem condições para o tráfego.
Nael Rosa - 1ª Folha