Na Estréia do Brasil na Copa, curiosidades em Piratini

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Copa do Mundo, dia de jogo da Seleção Brasileira é tudo sempre muito igual. Expectativa, ansiedade, nervosismo e para quem está trabalhando, a dúvida se o chefe vai liberar ou não para assistir ao jogo.
Os bancos adotam horário especial, nas lojas que comercializam eletrônicos não existe problema já que os clientes somem e as TVs de muitas polegadas, estrelas de vendas, ficam ligadas e à disposição.
Nas repartições públicas não é muito diferente e sempre há uma maneira de todos torcerem pelo Brasil na Copa da África.
Momentos antes da estréia  e também quando a bola já rolava  no jogo contra a Coréia, nossa reportagem em Piratini circulou pela cidade e as ruas vazias foram cena comum.
Não poder assistir é algo que pode acontecer, mas no país do futebol optar por não ver a seleção jogando é algo bastante curioso. Ao passarmos pela popular Praça da Rural, bem próximo ao centro da cidade, flagramos três situações inesperadas.
Cerca  dez jovens, apaixonados pela bola preferiram uma boa “pelada” na quadra da pracinha do que verem os craques de Dunga. ”em época de copa dá mais vontade de bater uma bolinha. Se o Brasil jogar com a Argentina aí não dá pra perder”,explicaram.  
Há metros dali, um casal de namorados ocupavam  um dos bancos e demonstravam ter optado por trocar carinhos e declarações, ao jogo e quando abordados, se recusaram interromper os afagos para conversar com a reportagem. Apenas respondendo: ”estamos apaixonados e isso é bem mais importante do que futebol”.
Também nas proximidades, já que a Avenida Perimetral, em torno da praça é usada pelo Centro de Formação de Condutores da cidade para treinamento de balizas para novos motoristas, encontramos o instrutor Alexandre Marcos Lafuente e a aprendiz Josiane Vieira Becker em plena atividade. Eles pararam a aula por alguns minutos para a foto onde só Alexandre concordou em fotografar e após, satisfizeram nossa curiosidade de não estarem em frente à telinha para torcer pela seleção. ”A aula já tava marcada e eu deveria ter me organizado melhor, o que vou fazer para poder assistir os  próximos jogos”,garantiu o instrutor.
Perguntada sobre  gostar ou não de futebol, Joseane respondeu que queria  ter visto o jogo e que até questionou seu professor em relação a fazer ou não aula e diante da confirmação, só restou aos dois entre uma e outra manobra pelas ruas desertas da cidade imaginar a cada foguete como estava  o desempenho do Brasil.


Nael Rosa - Jornal A 1ª Folha
 
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