Reflexo da ação de uma quadrilha especializada e desarticulada pela Polícia Federal em março deste ano no Paraná e que causou algo em torno de R$ 3,5 milhões de prejuízos nos últimos dois anos, o RS e região voltam a sofrer com o derrame de notas falsas de alta qualidade e capazes de serem facilmente confundidas com as verdadeiras.
O comércio de Piratini, principalmente os de grande movimentação como supermercados e postos de gasolina, já contabilizam prejuízos causados por notas de falsas de R$ 50,00, que semanalmente são identificadas pelo setor de contabilidade das empresas.
Ao investigar a situação, nossa reportagem conseguiu acesso há várias dessas notas retidas por uma empresa da cidade (foto) e foi possível assim constatar a grande dificuldade encontrada em identificá-las, principalmente pelos atendentes dos caixas, que em virtude da semelhança com as cédulas verdadeiras, em dias de grande movimentação de clientes ficam ainda mais a mercê da aceitação involuntária.
Cores, textura, detalhes e tamanho quase que idênticos as originais, facilitam a aceitação de muitas notas sendo a grande maioria repassadas por pessoas da comunidade, que as portam sem nem mesmo saberem, quando são informadas da falsidade, como o dinheiro irregular foi parar em suas mãos.
Ao conversar com uma proprietária de um dos supermercados de Piratini - que além de nos permitir fotografar uma pequena parte do prejuízo e revelou que tem sido constante o aparecimento da nota de R$ 50,00 e que na maioria das vezes decide arcar com os valores para não passar os transtornos -, o que considera absurdo, provocados pela denúncia as autoridades e aos bancos. “A sensação que tivemos ao seguir as orientações é a que parece que somos nós os criminosos”, relata a proprietária. “Já passamos horas em uma delegacia dando esclarecimentos e a sensação que tive foi de que se estes não fossem suficientes poderíamos ter sérios problemas”, relata ela, ao deter nas mãos R$ 300,00 em notas falsas de R$ 50,00, acrescentando ainda que quase a totalidade do montante que detém atualmente vieram das mãos de clientes que ela tem certeza serem pessoas honestas e então ciente da inocência destes que também foram vítimas, opta por não acionar a polícia.
Só que esta atitude é exatamente o que impede a ação imediata da Polícia Federal, pois foi apurado junto a um gerente de uma das agências da cidade, que pediu para não ser identificado, que a constatação após análise de apenas uma nota falsa por mês, já seria o suficiente para uma ação imediata e uma profunda investigação por parte da PF. “Sabemos que há notas falsas circulando, mais isso chega até o nosso conhecimento de maneira informal e assim nada podemos fazer’, conta ele, relatando ainda que o procedimento adotado pela agência, é procurar não inibir os flagrados com as notas ou denunciantes da falsaria ,uma vez que a agência recolhe o material e envia para uma análise que confirmará ou não a fraude. “É claro que quanto o prejuízo de quem é flagrado ou de quem trás até ao banco as cédulas, o banco nada pode fazer, mas procuramos com exceções é claro,não causar maiores transtornos aos nossos clientes”, finaliza.
São 1.025 cédulas de R$ 100,00 e 661 de R$ 50,00, todas produzidas pela quadrilha, que foram retidas e retiradas de circulação pelo Banco Central no Rio Grande do Sul entre 2008 e 2009. Somente em Porto Alegre foram recolhidas 816 cédulas falsificadas de R$ 100,00 e 537 de R$ 50,00, capazes de passar até pelos pelo teste da caneta e da luz ultravioleta usados habitualmente no comércio.
De janeiro até agora, a Polícia Federal já apreendeu 163 cédulas de real falsas, algumas delas encontradas dentro de caixa eletrônicos, segundo a delegacia de prevenção e repressão de crimes fazendários. As quadrilhas de falsificadores estão sendo investigadas pela polícia e entre os métodos utilizados está o offset, o scanner e a fotocópia. Conforme a Associação dos Bancos do RS, o abastecimento dos caixas eletrônicos é feito por pessoas credenciadas, por isso o presidente da associação José Luis Peixoto, admite que pode haver a participação de funcionários das agências.
O comércio de Piratini, principalmente os de grande movimentação como supermercados e postos de gasolina, já contabilizam prejuízos causados por notas de falsas de R$ 50,00, que semanalmente são identificadas pelo setor de contabilidade das empresas.
Ao investigar a situação, nossa reportagem conseguiu acesso há várias dessas notas retidas por uma empresa da cidade (foto) e foi possível assim constatar a grande dificuldade encontrada em identificá-las, principalmente pelos atendentes dos caixas, que em virtude da semelhança com as cédulas verdadeiras, em dias de grande movimentação de clientes ficam ainda mais a mercê da aceitação involuntária.
Cores, textura, detalhes e tamanho quase que idênticos as originais, facilitam a aceitação de muitas notas sendo a grande maioria repassadas por pessoas da comunidade, que as portam sem nem mesmo saberem, quando são informadas da falsidade, como o dinheiro irregular foi parar em suas mãos.
Ao conversar com uma proprietária de um dos supermercados de Piratini - que além de nos permitir fotografar uma pequena parte do prejuízo e revelou que tem sido constante o aparecimento da nota de R$ 50,00 e que na maioria das vezes decide arcar com os valores para não passar os transtornos -, o que considera absurdo, provocados pela denúncia as autoridades e aos bancos. “A sensação que tivemos ao seguir as orientações é a que parece que somos nós os criminosos”, relata a proprietária. “Já passamos horas em uma delegacia dando esclarecimentos e a sensação que tive foi de que se estes não fossem suficientes poderíamos ter sérios problemas”, relata ela, ao deter nas mãos R$ 300,00 em notas falsas de R$ 50,00, acrescentando ainda que quase a totalidade do montante que detém atualmente vieram das mãos de clientes que ela tem certeza serem pessoas honestas e então ciente da inocência destes que também foram vítimas, opta por não acionar a polícia.
Só que esta atitude é exatamente o que impede a ação imediata da Polícia Federal, pois foi apurado junto a um gerente de uma das agências da cidade, que pediu para não ser identificado, que a constatação após análise de apenas uma nota falsa por mês, já seria o suficiente para uma ação imediata e uma profunda investigação por parte da PF. “Sabemos que há notas falsas circulando, mais isso chega até o nosso conhecimento de maneira informal e assim nada podemos fazer’, conta ele, relatando ainda que o procedimento adotado pela agência, é procurar não inibir os flagrados com as notas ou denunciantes da falsaria ,uma vez que a agência recolhe o material e envia para uma análise que confirmará ou não a fraude. “É claro que quanto o prejuízo de quem é flagrado ou de quem trás até ao banco as cédulas, o banco nada pode fazer, mas procuramos com exceções é claro,não causar maiores transtornos aos nossos clientes”, finaliza.
São 1.025 cédulas de R$ 100,00 e 661 de R$ 50,00, todas produzidas pela quadrilha, que foram retidas e retiradas de circulação pelo Banco Central no Rio Grande do Sul entre 2008 e 2009. Somente em Porto Alegre foram recolhidas 816 cédulas falsificadas de R$ 100,00 e 537 de R$ 50,00, capazes de passar até pelos pelo teste da caneta e da luz ultravioleta usados habitualmente no comércio.
De janeiro até agora, a Polícia Federal já apreendeu 163 cédulas de real falsas, algumas delas encontradas dentro de caixa eletrônicos, segundo a delegacia de prevenção e repressão de crimes fazendários. As quadrilhas de falsificadores estão sendo investigadas pela polícia e entre os métodos utilizados está o offset, o scanner e a fotocópia. Conforme a Associação dos Bancos do RS, o abastecimento dos caixas eletrônicos é feito por pessoas credenciadas, por isso o presidente da associação José Luis Peixoto, admite que pode haver a participação de funcionários das agências.