A TV Nativa, afiliada da Rede Record distribuiu nota à imprensa contestando a situação dos equipamentos responsáveis por levar a programação regional até os televisores em Piratini, abordada na matéria veiculada no final de maio no jornal a 1ª Folha, onde o tema foi o sumiço da grande maioria dos canais de TV aberta que levam diariamente entretenimento à população.
Na nota, a direção rebate e classifica as informações como “deturpadas”,criticando muitos pontos levantados na matéria que teve como fonte a secretária de administração Letícia Moraes, titular da pasta que responde pela manutenção dos transmissores que também declarou ser a prefeitura a responsável pelo sinal de TV aberta no município.
O primeiro ponto de discordância segundo a direção da empresa é de que na época em que a matéria foi publicada, Piratini só podia somente assistir ao acessar a Rede Record, atrações nacionais, com programação gerada do Rio de Janeiro e São Paulo, ponto que foi confirmado por diversas vezes por nossa reportagem e alvo de inúmeras reclamações de pessoas da comunidade à própria secretária Letícia.
Ao não concordar com a afirmação, a nota justifica que a TV Nativa dispõe de uma hora de programação local, de segunda à sexta-feira, sem levar em consideração os programas de fim de semana e que o sinal na cidade de Piratini é transmitido pelo canal 41 (UHF) há mais de uma gestão municipal, quando a emissora ainda era afiliada ao SBT.
A direção relata que a TV Nativa estuda, inclusive, a possibilidade de a prefeitura repassar a responsabilidade do canal 41 para a emissora, para que o Executivo fique isento de taxas de cobrança por parte da Anatel, através do Ministério das Comunicações
O diretor da TV Nativa, Cláudio Omar Haubman, ressaltou no comunicado que a Nativa é uma das únicas emissoras que mantém link de Pelotas a Piratini, pois segundo ele, outras emissoras estão ligadas via satélite, com programação somente do centro do país.
Quanto ao estado dos equipamentos, declarados como desgastados na reportagem, Haubman discorda afirmando que os mesmos são novos e passam por manutenção periódica por parte dos técnicos da emissora.
Em relação ao período em que o sinal esteve fora do ar, sendo esta a principal reclamação da comunidade, a situação negada inicialmente tanto na nota como em contato telefônico com nossa reportagem, é admitida tendo como justificativa da direção às intempéries do tempo (temporais e raios, por exemplo), que ocasionaram as dificuldades, mas que novos equipamentos já foram instalados.
No que se refere ao campo técnico, à manifestação frisa que José Carlos Carvalho, conhecido como Zezé, não é técnico, mas sim supervisor de equipamentos e funcionário da prefeitura que apenas tem a função de acionar as emissoras e realizar pequenos consertos caso evidencie algum problema.