Ator de Piratini conquista importante papel no Cinema Nacional

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Os primeiros sinais de que se tornaria um bom  ator foram dados no quintal da casa da avó,  na Rua Dorvalino Lessa, bairro Cancelão quando com freqüência, aos seis anos,  junto com amigos reencenava os papéis vividos pelos artistas do circo dos Irmãos Teodoro,circenses que costumavam acampar no local.Ele tomou gosto pelas brincadeiras de criança e desde então não parou mais de  atuar e principalmente, de perseguir o sonho de trabalhar  em um projeto nacional. 
A grande chance chegou para o piratiniense Ilson Soares, 25 anos, que vai contracenar se não houver nenhuma mudança no elenco, ao lado de ícones da dramaturgia brasileira com Eva Vilma e Carlos Verezza e dos também globais Maria Fernanda Candido, Luciano Zaffir,  Marcos Wainber (vive o diretor do quadro SEVERINO do humorístico Zorra Total) e  Dessiré de Oliveira também atriz da Zorra.“Quando recebi o roteiro do produtor  Oscar Dias quase tive um “AVC” pois senti a responsabilidade do que eu estava assumindo.”,com essa frase Ilson definiu para o 1ª Folha suas sensações por ter que dar vida a Antonio,um dos personagens do filme ”A Fronteira de Sangue”, que retratará as Revoluções Gaúchas e será filmado em Pelotas. 
Há dois anos ele que trocou Piratini por Brasília para atuar como assessor nos bastidores dos gabinetes políticos da Capital, conta que a chance perseguida  surgiu através da amiga e atriz Jessica Sodré, a Lady Daiane, em A Senhora do Destino.” Em março liguei para ela e disse que eu estava indo ao Rio para mais uma temporada de testes em emissoras e ela me disse que estava vindo para o RS filmar "A Fronteira de Sangue", então pedi para fazer figuração ou qualquer outra coisa que me colocasse  no projeto.”, relembra o ator que já fez comerciais de TV em Brasília.Bem humorado, Ilson Soares fala de sua preocupação com as adequações que já está tendo que fazer para viver o papel e entre elas, a de maior sacrifício é ter que emagrecer 15, dos 75 quilos que pesava. ”Não está fácil. Só como alface, tomate e bebo muita água  e nem  o tempero da mamãe e da minha madrasta eu pude degustar, mas confesso que um dia cortei a dieta e me lavei em uma lasanha e um arroz de carreteiro com charque em Piratini.”,diverte-se contando, mas confessando também que a escapadinha ficou só nisso e quatro quilos já foram perdidos.
A outra orientação para que o ator piratiniense,  até para que até o final das gravações não faça a barba e nem corte mais  o  cabelo e novamente, ele brinca dizendo que se tornou um lobisomem e também e também trabalha  para retomar  boa parte do  sotaque gaúcho perdido nos dois anos que mora fora do estado e pelos testes em emissoras cariocas, o que sempre pesava nas decisões dos diretores na hora de aprová-lo ou não. ”Esperei quase 20 anos por essa oportunidade e agora o menino sonhador da Dorvalino Lessa pode não ter chegado onde quer, mas alem de saber aonde quer chegar, sabe que  esta no caminho  certo, não desiste e continua.”, disse Ilson não se esquecendo de agradecer a família pelo apoio. ”É um desafio, mas sempre gostei de desafios é hora de mostrar que sou ator e é claro que continuo sonhando com um texto de Agnaldo Silva”, completa.

Nael Rosa - Jornal A 1ª Folha 
 
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