O Rio Grande do Sul se encontrou na 1ª Capital Farroupilha

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O slogan da festa afirmava que de 11 a 20 de setembro o RS se encontra na Capital Farroupilha e quem teve oportunidade  de presenciá-la e apreciá-la, foi responsável e levou consigo essa sensação.

Nos festejos no palco o berço farrapo, seus personagens,mesmo atucanados  com as interpéries do tempo, ”não afrouxaram  nem pra baixo”, como usa-se no vocabulário campeiro.

O vento, chuva e o frio, dos quatro primeiros dias foram apenas coadjuvantes onde o papel principal foi dividido entre prendas e gaúchos de diversas querências do Estado e com o retorno do sol, confirmaram que o Erni Pereira Alves, ao menos durante dez dias, é a casa do gaúcho.

Do Palco do Rio Grande de onde partiram as notas que demonstram  o orgulho de ser sulino, ali  cantado em prosa e verso, César Oliveira e Rogério Melo levaram na mala de garupa o título por reunirem o 2º maior número de espectadores em uma noite, dividindo com mais de 4 mil vozes, vários refrãos de suas canções que retratam a lida do homem do campo, fonte inesgotável de inspiração para as composições do gênero.
Dante Ledesma teve mil vozes a menos mas muito mais emoção e  por sua garra, provocou arrepios, aplausos e lágrimas. 

Volmir Martins trouxe a irreverência e estampa de bagual, garantia de momentos de diversão e boas risadas e o Rodeio dos Ventos transformou o ginásio de esportes  em um dos maiores fandangos do Rio Grande.

Mas o presidente do Sindicato da Grossura, (como se auto intitula) e que dá vida ao Lobisomem do Arvoredo, Mano Lima, ao espalhar sua bicharada pelo palco onde a Cadela Baia e a Marrequinha tiveram lugar garantido, encerrou a noite que alcançou o recorde histórico de público em todas as edições do evento: mais de cinco mil pessoas cantaram com ele.

O truco jogado por jovens na Praça de Alimentação, onde não se permitiu que a gaita cessasse em nenhum instante e pago onde as invernadas se sentem a vontade,a bocha que,amanheceu e anoiteceu, a padaria que no clima, ajeitou por riba do balcão um lugar entre os pastéis e paes para a batata doce assada, eternizaram são cenas que externam que na pátria de bombachas, a Semana Farroupilha dura o ano todo.

Lá pelas tantas, Dener Espindola roubou a cena com sua gritaria peculiar de "abobar os passarinhos" mas que logo ali, dividiu espaço com Mariozinho, o gaúcho da APAE, responsável por mostrar que neste chão não há espaço para diferenças e, convidado por todos os grandes nomes da musica tradicionalista que pisaram o palco, deu seu show particular.
Enfim...no belo retorno, a Semana Farroupilha confirmou e deu vida a novos fatos, causos e personagens.


Que seja novamente bem vinda a maior festa do “Garrão do Brasil e, se por acaso tu ainda não a conheces, te convidamos para 2011 através dos versos cantados por Cristiano Quevedo” vem e traz tua família, a maior festa do mundo, é na Capital Farroupilha”!

Nael Rosa - Jornal A 1ª Folha
 
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