Em Piratini, Barbosa Lessa é uma viagem no tempo

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A visão moderna do arquiteto Willian Paiva, pode ser vista como uma prova de  que  o antigo e o moderno podem estar juntos e desta forma, ao assinar o cenário (projeto) do Museu Histórico Barbosa Lessa, em Piratini, mostrou que museu, como conseguiu muito bem colocar a administradora Daniele Amaral, não necessariamente tem que ser um local que nos remete a coisas antigas ou até velhas, podendo sim, conseguir que linhas e cores modernas se integrem com os abjetos responsáveis por contar a história através do tempo.
Ao abrir suas portas em  julho 2006, inauguração que fez parte dos festejos de aniversário do município, o local que em seu nome homenageia o piratiniense considerado um dos ícones da cultura gaúcha, o Barbosa Lessa tornou-se uma interessante viagem no tempo, permitindo aos seus visitantes o conhecimento através dos objetos de seu acervo, ter contato com capítulos que pontuaram de forma marcante em Piratini, a saga dos gaúchos donos de  papéis principais, ou destacados coadjuvantes no cenário nacional.
Dos seus primeiros habitantes, os índios,passando pela colonização açoriana que povoou o município  a partir do século XIX, até a  “ímpia e injusta guerra” como friza a letra do Hino Rio Grandense ao citar a Revolução de 35, mas sem deixar de registrar que o estado esteve envolvido e lutando em outras tantas revoluções também que resultaram em conquistas   importantes, o museu localizado no centro da capital farrapa. ”Buscou-se raízes culturais.aqui não há somente sobre a revolução farroupilha mas também um pouco sobre etnias diversas como a colonização e os primeiros seres habitantes do município”, explica Daniela, fazendo uma referencia ao acervo indígena exposto onde a Pedra Mamilar, exemplar raro esculpido em forma de estrela pela mão do homem,se destaca.
Objetos usados em outras épocas para a lide campeira como a doma do gado xucro, episódios envolvendo Espanha e Portugal e dados, fatos e artefatos que remetem a construção da Casa da Camarinha, prédio histórico  símbolo da arquitetura tombada na cidade,são outros destaques procurados e mostrados ao turistas que vem à Piratini ao longo do ano ou para alunos de 4ª a 8ª séries de diferentes educandários, a maioria entre os estudantes e que também nas explicações dadas pela estagiária Aline Madruga, encontram o importante contato com nossas raízes.
Grande parte dos objetos do Museu Barbosa Lessa vieram do Museu Histórico Farroupilha mas doações realizadas pela comunidade,são tidas imprescindíveis para enriquecer o acervo. ”É bom frizar para todos a importância de doar objetos e não é necessário que estes tenham feito parte de guerras, pois aqui temos coisas simples como  rocas usadas em outros séculos, portanto não conhecidas de crianças, por exemplo”, destaca Daniela.

Nael Rosa - Jornal A1ª Folha
 
Piratini.net