Polêmica das Bicicletas retorna à Câmara de Piratini

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Estressante, maçante, repetitivo e ao que parece insolúvel. Estas são definições  para um problema que  num primeiro momento talvez  passe a impressão de ser algo  simples de resolver mas não é...
Os Poderes não pensam de maneira uniforme quando o assunto são  ciclistas trafegando  e atropelando pessoas nas calçadas da cidade e  essa situação que já é crônica parece estar longe de até mesmo ser amenizada.
O Executivo, através do Departamento Municipal de Trânsito,chefiado por Jânio Azevedo, diz que sua parte, a sinalização, já foi feita e embasado num convênio existente com a Brigada Militar, passa para a PM o poder  e obrigação de fiscalização e punição.
“A BM por sua vez, lembra que o convenio  é para fiscalizar e punir veículos registrados como carros e motos e somente para infrações  de paradas e estacionamentos irregulares e não para veículos de tração humana como alega a prefeitura.” Vou recolher e depositar essas bicicletas onde?”questiona a capitã Andressa Dias, Comandante local da Brigada.
Assim, com uma  freqüência preocupante pedestres, ao usarem o local construído para lhe  oferecer segurança continuarão a ser vítimas de ciclistas inconseqüentes e inconscientes.
O interminável assunto voltou a ser alvo de debates na sessão do legislativo.
Ao dar publicidade a um novo requerimento solicitando providencias à Brigada, o vereador Juarez Machado de Farias teve o apoio do vereador Gilson Gomes, PP, que apontou como solução definitiva a criação da Guarda  Municipal e a construção de uma Ciclovia, obra que pelo espaço físico existente é  impossível dentro do perímetro urbano.
Já o vereador Adão Silveira, PMDB, foi mais incisivo dizendo que  as constantes infrações são  um verdadeiro caso de polícia e discordando do de seu colega Juarez, surpreendeu e se contradisse sem dar maiores explicações posteriores,defendendo que primeiro devem ser criados espaços  adequados para os ciclistas trafegarem com segurança para depois  cobrar e punir os mesmos.
Ao ter sua sugestão questionada pela reportagem, pois são os pedestres que tem seu espaço invadido e segurança tolhida, Adão reafirmou  sua posição mas acrescentou sugestão confusa  e infeliz ,sua preocupação também com os ciclistas sugerindo a criação,  pelo executivo, de um estacionamento  e um cadastro para  todas as das bicicletas do município.
O fato é  que a novela interminável, a todo o momento volta a ser assunto pela ineficácia da lei Municipal, aprovada pelo Legislativo  em 1995, que proíbe a prática em questão.
Como nunca foi regulamentada, ou seja, não foram criadas as condições, como por exemplo, o sugerido depósito para as bicicletas apreendidas e nem o fornecimento à BM de um talão de   auto de infração para a aplicação das multas previstas, não é possível a aplicabilidade por parte da autoridade policial.
 Nael Rosa - A 1ª Folha
 
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