Foi necessária a intervenção da Polícia Civil com o apoio da Brigada Militar, para acabar com as constantes surras e ameaças sofridas pela agricultora R.B.O., 28 anos, moradora do assentamento 8 de Maio, 5º distrito de Piratini.
Diante da denúncia da mãe da agredida que procurou a DP para pedir ajuda aos policiais na terça-feira, 18,quando relatou recebera um telefonema da filha onde relatava as ameaças do marido G.W.O.,37 anos e também agricultor que por não aceitar o fim da relação de 14 anos impedia a mulher de deixar o lar com os três filhos do casal,de 02,06 e 12 anos, mantendo a esposa por diversas vezes sob a mira de um revólver,os policiais conseguiram junto ao Juíz da comarca, Roger Xavier Leal,,a autorização para retirar a mulher e seus filhos da residência em segurança.
O marido não foi encontrado no momento da diligencia e em contato com a Assistência Social do município a DP de Piratini encaminhou a família para a Casa de Passagem onde pernoitaram, retornando no dia seguinte ao assentamento para que pudessem organizar seus pertences e voltar para a cidade natal, o município de Pinhal Grande.
Já na estrada, nossa reportagem conseguiu conversar com a vítima por telefone que inicialmente para proteger seus filhos e por temer vingança do marido, resistiu em falar sobre o ocorrido, mas ao receber a garantia da preservação dos nomes, concordou em falar sobre os maus tratos dizendo que as surras eram constantes e que seu companheiro é alcoólatra e que por diversas vezes a agrediu na frente dos filhos.”As ameaças e surras eram freqüentes,ele sempre prometia que mudaria, eu dava uma nova chance mas ele bebia novamente e outra vez me surrava na frente das crianças”,relatou a agricultora informando ainda que desde os 14 anos ajudava o marido na roça e que o mesmo precisa se internar-se para realizar tratamento.”Mesmo que ele procure ajuda, não quero mais. Vou recomeçar nova vida em minha cidade,ele já me ligou fazendo novas promessas mas cansei de apanhar,não quero mais isso pra mim”,garantiu.
Segundo ainda seu relato à nossa reportagem, a última surra dada pelo marido no sábado 18, necessitou da intervenção da filha mais velha do casal, de 12 anos que presenciava as agressões com freqüência.
O marido até o momento não foi localizado.
A Polícia investigará o caso mediante Inquérito Policial.