PDT surpreende e derruba projeto do Executivo

quinta-feira, 8 de julho de 2010


O PDT, assim como os demais partidos que compõem a base governista, é  considerado peça chave  e de extrema importância na  coligação que elegeu em 2008 Vilso Agnelo para comandar a prefeitura de Piratini, importância que ficou mais visível  ao ser divulgado o resultado final com pouco mais de 300 votos em prol  do atual prefeito..A bancada composta por três vereadores, Renan Cunha, atual presidente da câmara, (só vota em caso de empate) Isnaldo Rickes e Carlos Caetano, garantem junto com a bancada progressista com dois representantes e do vereador Juarez Machado do PSB, sempre muito afinado com as propostas  do executivo, a base governista na câmara de vereadores o que até então, na grande maioria das vezes era  garantia de aprovação dos projetos de Agnelo.Mas essa sintonia esteve um tanto fora do ar na última sessão realizada dia  01 de julho quando foram  a votação dois projetos do executivo intencionando a criação de uma nova pasta no governo bem como a contratação de seu titular.
O projeto 33/2010 criaria se aprovado fosse, a Secretaria Municipal de Finanças, órgão que teria como função executar a política financeira do município, obrigações que desde 2009 por iniciativa do executivo visando redução de gastos e aprovado pelos vereadores, está a cargo da secretária Letícia Moraes que acumula as funções sendo titular também  da pasta de administração.Mesmo diante das justificativas, o voto contrário de toda bancada do PMDB composta por três vereadores não foi surpresa, mas a posição do vereador Carlos Caetano que se absteve de votar e principalmente do vereador  Isnaldo Rickes que  também manifestou-se contrário,foi fator surpreendente e decisivo para a rejeição  pelo placar de 4x3.A abstenção de Caetano teve peso de voto contra pois se tivesse votado  a favor como o Executivo esperava,teria empatado o jogo e deixaria a decisão para o voto minerva do presidente Renan Cunha. ”Se vai acarretar mais gastos, não importa se  pertenço a  situação,sou contra”.,assim justificou o vereador Rickes ao se somar à oposição e derrubar o projeto.
O líder oposicionista Cláudio Dias e o vereador Juarez Machado do PSB que votou favorável, foram responsáveis pelo aumento da temperatura na sessão quando elevaram seus ânimos e tom de voz.”Voto contra. Para dar um melhor aumento ao funcionalismo público não há recursos mas para criar uma nova secretária dinheiro existe?Estão querendo favorecer alguém...”, disse o vereador.A evasiva desagradou  Machado de Farias que questionou Dias dizendo.” Quando seu partido (PMDB) estava no governo ,criou três cargos para o mesmo fim, contratando três assessores jurídicos.Me responda quem intencionaram favorecer  na época e a quem  o senhor  diz que querem favorecer hoje?”.Cláudio Dias replicou chamando seu colega de infantil e novamente questionou. ” Se meu partido quando situação foi um cabide, o que o governo atual é, um varal de empregos?”. 
O presidente Renan cunha interferiu e acabou com a discussão.Ao justificar o projeto, o executivo argumenta que a forma atual que une  as duas secretarias,finanças e administração extinta por Vilso em 2009,é conseqüência direta de mal atendimento estagnando e burocratizando os serviços públicos.Justificativa também usada pelo vereador Juarez .“A nova pasta não iria desperdiçar recursos públicos e sim dar agilidade e qualidade.”,argumentou.Quando o projeto36/2010 que autorizava a criação do novo cargo de confiança foi votado, já antecipadamente rejeitado pela reprovação do anterior, Carlos Caetano que se absteve na primeira votação resolveu clarear sua posição votando contra. Já o líder do governo, vereador Gilson Gomes PP, provocou um desconforto para presidência da casa ao se retirar sem prévia comunicação da reunião e seu voto foi computado como ausência.

Nael Rosa - Jornal A 1ª Folha
 
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